As 4 trilhas mais difíceis da Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina é considerada o paraíso do trekking no Brasil, já que seu vasto território é composto por uma cadeia de serras e cânions repletos de grandes cachoeiras, paisagens incríveis e biodiversidade impressionante. 

Alguns paraísos podem ser acessados de carro e facilmente, mas existem outros que para se chegar é preciso percorrer algumas das trilhas mais difíceis da Chapada Diamantina. 

Elas guardam tesouros naturais intocados e que só são revelados aos mais intrépidos que se aventuram subindo e descendo serras e caminhando por suas gargantas cercadas de imensos paredões rochosos.

Quer conhecer as melhores trilhas difíceis da Chapada Diamantina? Continue conosco e conheça as entranhas dessa região inóspita, selvagem e linda!

A geografia da Chapada Diamantina

Estamos falando de uma grande extensão de terras onde está a maior cordilheira do Brasil, conhecida como Cadeia do Espinhaço. Essa imensa região, que está situada no estado da Bahia, é um extenso planalto que abrange cerca de 38 mil quilômetros quadrados.

É lá que se encontra o Pico do Barbado, o mais alto do nordeste, com seus 2033 m de altitude. Já a cidade mais alta e mais fria dessa região brasileira é a cidade de Piatã, com 1280 m de altitude. Ela é um dos 24 municípios que compõem a Chapada Diamantina.

Um território onde ecossistemas como mata atlântica, caatinga, cerrado, campos rupestres se fundem maravilhosamente em meio a mirantes espetaculares, cânions profundos e cachoeiras gigantescas, como a Fumaça e o Cachoeirão. 

No coração da Chapada está o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que abrange 7 municípios: Lençóis, Mucugê, Andaraí, Ibicoara, Palmeiras, Itaetê e Iramaia, sendo que Lençóis é considerada a mais importante e de onde partem os principais passeios e também a maior parte das trilhas mais difíceis da Chapada Diamantina.

As trilhas mais difíceis da Chapada Diamantina

1. Trekking da Cachoeira da Fumaça por baixo

O trekking da Cachoeira da Fumaça por baixo é considerado um dos mais difíceis da Chapada Diamantina, e isso se dá em razão de ser uma incursão de no mínimo 3 dias e acampamentos selvagens, onde os trilheiros precisam levar em suas mochilas tudo o necessário, como camping e alimentação. 

Ou seja, além do percurso ser extremamente acidentado, com trilhas irregulares repletas de pedras e despenhadeiros verticais, é preciso preparo físico e força para carregar o peso das mochilas grandes nas costas.

Mas o desafio também traz recompensas, já que o trekking da Cachoeira da Fumaça por baixo proporciona mirantes extraordinários, cânions profundos e exóticos, acampamentos incríveis. 

Além disso, você encontrará algumas das mais bonitas cachoeiras da Chapada Diamantina, como o Palmital, a do Mixila, a do Capivara e a própria Cachoeira da Fumaça por cima e por baixo, com seus quase 400 metros de queda livre.

Tudo isso em um roteiro de 04 dias, 3 pernoites e 48 km de percurso no total.

2. Trekking Cachoeiras do 21 e Fumaça por cima

Para muitos, o Trekking Cachoeiras do 21 e da Fumaça por cima é o mais difícil da Chapada Diamantina, mas não pela distância ou dimensão do percurso, e sim pelo grau de dificuldade. É preciso bastante técnica e perícia para vencer os obstáculos que exigem até escalaminhada e utilização de equipamentos de montanhismo em determinados momentos.

O trekking passa por trilhas lindas, subindo a Serra do Grisante e visitando a cachoeira de mesmo nome, ainda passa por mirantes de onde se vê Lençóis, o Vale do Rio Ribeirão, e Cachoeira do Fundão com seus 100 metros de altura.

O único pernoite acontece de frente para o poço da Cachoeira do 21, com uma vista espetacular da mesma logo ao amanhecer. O trekking finaliza no místico Vale do Capão, tornando a aventura ainda mais exótica em um roteiro de 02 dias, 1 pernoite e 24 km de percurso no total.

3. Trilha cachoeira da Fumacinha

A trilha da Cachoeira da Fumacinha é um bate-volta a partir da zona rural de Ibicoara, cidade localizada ao sul da Chapada Diamantina. 

Apesar de não haver necessariamente pernoite, trata-se de uma das mais difíceis trilhas da Chapada Diamantina, tanto pela longa distância até a cachoeira, como pelo fato do percurso acontecer inteiramente por leito de rio, mergulhando em um dos mais fascinantes cânions da Chapada.

A trilha inicia às 6h da manhã e mergulha em um dos mais fascinantes cânions da Chapada. Fora o tempo de 2 horas em que se permanece na cachoeira, o resto do dia é saltando pedras lisas que, se estiverem molhadas a qualquer chuvinha fina, se tornam escorregadias como sabão e tornam o grau de dificuldade da trilha muito maior.

O que garantimos é que todo o esforço vale muito a pena, pois a Fumacinha é uma das cachoeiras mais lindas do mundo! Ela simplesmente brota literalmente por dentro de uma serra ôca e despenca suavemente em forma de fumaça por 100 metros até um poço que nunca viu a luz do sol.

O roteiro de 1 dia e 18 km de percurso no total. Pode ser acessado no passeio de 02 dias para as cachoeiras do Buracão e da Fumacinha.

4. Trekking Vale do Pati

Em geral, o trekking do Vale do Pati não é caracterizado como um roteiro difícil, porém é bem cansativo em razão das longas caminhadas. Resolvemos inseri-lo neste artigo por isso e em razão de ser um dos trekkings mais fenomenais do mundo em se tratando de belezas naturais. Ou seja, nada mais, nada menos que o segundo mais bonito da América Latina, ficando atrás somente da Trilha Inca para Machu Picchu, no Peru.

Os pernoites acontecem em casas/pousadas rurais de nativos, que oferecem café da manhã e jantar nos pacotes. Algo que torna o trekking muito mais fácil e confortável, já que os trilheiros não necessitam transportar grandes mochilas e cargas.

Outro ponto que torna essa aventura mais amena é o grau de dificuldade das trilhas ser leve, com trechos poucos acidentados apesar das caminhadas longas, porém por trilhas bem feitas, se analisando por um panorama geral.

Mas prepare-se para se deparar com mirantes belíssimos e cenários de cinema, lembrando que o imponente Cachoeirão, com seus 270 metros e diversas quedas d’água, está situado no Vale do Pati, sendo visitado por cima no terceiro dia do trekking.

Esse trekking pode ser feito em um roteiro de 3 dias e 40 km de percurso no total.

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